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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu em Samonte

A mudança radical na minha vida, me faz passar por uma fase difícil com muitas saudades. Sinto falta da Escola, da Crepúsculo, da minha família, dos meus amigos, das crianças do bairro, da minha cabeça cheia de preocupações, dos programas, do movimento, do meu lar, etc.
Sigo em frente na decisão de um novo tempo que tem muito a evoluir e desenvolver. Estou aprendendo um pouco com a solidão e abrindo a cabeça para novos valores. O meu amor pelas pessoas dobrou. A saudade faz isso. Conto com o apoio de todos os que me amam. Digam palavras de incentivo. Grande abraço.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

LADO ESQUERDO 2

Assim como as pessoas, os animais sentem dores, interagem, são belos conforme sua criação.
Algumas expressões surpreendem.
É estranho admitir que um cachorro me fez ser mais humano. Mas essa é a realidade.
BILLY ANDERSON

Em 1998, época em que eu já morava em Belo Horizonte novamente, um amigo da família, Lê Branco, nos contava que o ultimo cãozinho da ninhada de sua cadelinha, Tiquinha, que estava com 2 meses, único macho, estava por ser vendido para o filho da venda da nossa rua. Curiosamente, Lê Branco, chegou a pegar um cabo de uma vassoura para não deixar o cãozinho sair de casa.
Eu, que tinha um convívio com a família de cãezinhos desde o nascimento, já era apaixonado por aquele filhote.
Era próximo ao natal e eu antecipei o meu presente. Meu pai comprou pra mim esse filhote.
Minha mãe me ajudou muito. Decidi o chamar de Billy.
Billy me mostrou a capacidade de interação dos animais. Mostrou-me que os prazeres reais da vida estão mesmo nas pequenas coisas. Fez descendentes.
Faleceu em 2009 com 11 aninhos bem vividos. Viajamos juntos, brincamos de mais, chorei muito entre uma fugida e outra (aconteceu algumas vezes mas, ele sempre voltava), passeamos, aprendemos juntos...
Billy sabia sentar, dar a pata, deitar, pedir, rodar, ficar em pé, entre outros. Bastava um comando. Inteligente como ele só.
A falta que ele faz, nada completa. Cuidado de pai e filho.
Ele me amava sem dizer e sabia que eu o amava sem eu precisar dizer. Isso não tem preço e não se compara a nada.

LADO ESQUERDO

Algumas pessoas são especiais por existirem.
Cada um tem um lugar insubstituível na memória e no coração.
Pode ser pela história de vida, ou pelo jeito de ser, pela experiência ou a falta dela, cada um por uma coisa me tocou e sempre me lembrarei. Pode ser por anos ou por segundos, conforme o tempo vem a maturidade que nada tem a ver com a intensidade (essa pode ser tão boa ou melhor que). Isso me mostra com total clareza quem de fato mora do lado esquerdo.
Estou postando aos poucos. Ainda tem muita gente pra colocar! Meu coração é grande!



WENDDER

Conheci Wendder ainda criança. Convivência intensa. Todos os sentimentos infantis parecem ser maiores por causa da descoberta deles. Wendder fez parte disso na minha vida.

Somos amigos de boas histórias, cumplicidade, intimidades e aprendizado constante.

Vizinho, colega de escola, grupo grande de conhecidos em comum.

Religioso, bondoso, bonito e simples. O mais novo filho.

Wendder passou bons anos em nossa companhia. Devo muitas coisas a ele. Parte da minha maturidade, parte da minha frieza pra calcular, parte do meu sentimentalismo, parte da minha forma de viver como se o mundo fosse acabar amanha, parte do meu cuidado com envolvimento sentimental e boa parte dos maiores sentimentos que passam pela cabeça e coração de qualquer ser humano.

Eu estava com 16 anos de idade e Wendder com apenas 13. No início do anos de 2002, todos ficaram perplexos, desolados, inconsoláveis com a notícia. Wendder, que estava no hospital por causa de uma meningite por vírus, a uma semana, havia falecido.

Meu AMIGO de vida eterna. Te amo.